Espaço Schengen abanou durante a pandemia. Ainda tem remédio?
A este propósito, a chefe da delegação de Bruxelas do think tank Centre for European Reform (CER) considera que o facto de os países Schengen terem adotado políticas diferentes entre si para enfrentar a Covid-19 foi uma “resposta natural”. Contrariamente ao ex-eurodeputado, Camino Mortera-Martinez refere ao ECO que o Espaço Schengen está “muito bem equipado” para lidar com uma crise sanitária, tendo demonstrado ser “suficientemente resiliente” para reagir ao choque da pandemia – o que, ressalva, “não significa que seja perfeito”.
...Desde 2006 que o Espaço Schengen, formado por 22 dos Estados-membros da União Europeia (exceto Bulgária, Croácia, Chipre, Irlanda e Roménia) e ainda por Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein, é regido pelo Código de Fronteiras Schengen (SBC, na sigla em inglês), que permite a implementação de tais restrições. Contudo, estas “têm de ser temporárias” e os países foram muitas vezes inconsistentes na sua utilização das regras, recorda a analista do CER.
...A importância da Comissão Europeia no decorrer da pandemia foi igualmente sublinhada pela chefe da delegação de Bruxelas do CER. O início de 2021, com o começo do processo de vacinação em vários Estados-membros, foi “a solução para os nossos problemas”, destaca Camino Mortera-Martinez.